Os carrapatos representam cerca de 870 espécies dentro da Ordem Acari que é a mais abundante dentre os Arachnida, com 50.000 espécies conhecidas até o presente. São os gigantes (> 10 mm) do grupo e compreendem três famílias reunidas na Subordem Ixodida. São ectoparasitos importantes para a saúde pública e animal, porque podem causar injúrias diretas e indiretas a seus hospedeiros, além da transmissão de agentes patogênicos.
Todas as espécies necessitam obrigatoriamente do sangue de vertebrados e possuem significativo grau de especificidade podendo utilizar hospedeiros alternativos, incluindo o homem. A especificidade no parasitismo é influenciada por uma série de fatores, tais como, o comportamento do carrapato durante a busca pelo hospedeiro (por exemplo, a altura da vegetação em que os carrapatos ficam à espera de um hospedeiro); a resposta a fatores estimulantes específicos de um determinado hospedeiro, como odor e concentração de CO2 resultante da respiração; propriedades da saliva do carrapato, que neutralizam as reações de homeostasia (equilíbrio do organismo) do hospedeiro; eficiência dos mecanismos de defesa contra as infestações por carrapatos, tais como: barreiras físicas no corpo, comportamento de auto-limpeza, e reações imunológicas; além de temperatura, fotoperíodo e umidade, que também influenciam as fases do ciclo biológico.
Os carrapatos hoje constituem o segundo maior grupo em importância como vetores de doenças infecciosas por utilizarem mais de um hospedeiro e possuírem ampla distribuição geográfica. No caso do gênero Amblyomma e Ixodes as larvas podem ser encontradas sobre qualquer animal. O maior potencial e risco para a transmissão de patógenos para seres humanos são em regiões de florestas, cerrados nativos, descampados e pastagens. Os fatores que favorecem a transmissão desses patógenos são a quantidade de parasitas sobre o hospedeiro, menor grau de especificidade dos carrapatos e longos períodos de jejum.
Para se prevenir dessas patologias, faz-se necessária a utilização de métodos de controle do carrapato. Uma das medidas mais adotadas são os tratamentos químicos que dependem de fatores como frequência, época de tratamentos, escolha e uso correto dos carrapaticidas (isso é com a DDKA). Com a redução natural no número de carrapatos, é possível eliminar o maior numero de uma geração de carrapato, produzindo assim poucos carrapatos na geração futura.